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Navegando rumo a sustentabilidade: a importância da economia azul

Por Ingrid Tavares


Vista de cima do Morro do Moreno para a Praia da Costa, Vila Velha. Foto: Ingrid Tavares

A importância do oceano vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões contemporâneas. Embora a Amazônia seja conhecida como o “pulmão do mundo”, este título pertence a alta produção de O² (oxigênio) pelas algas marinhas presentes em 70% da cobertura superficial do planeta, no oceano. A partir disso, o oceano cumpre com diversas funções vitais para a terra, como: biodiversidade; clima; absorção de CO²; alimentação; trabalho; economia; cultura; transporte; esporte e lazer. No entanto, à medida que a demanda por recursos e desenvolvimento econômico aumenta, a saúde dos oceanos está cada vez mais ameaçada. É aqui que entra a "Economia Azul", um conceito que procura conciliar o crescimento econômico com a conservação dos ecossistemas oceânicos.


A Economia Azul é uma abordagem recente que visa o desenvolvimento sustentável, onde os recursos promovidos pelo oceano são utilizados de forma responsável, visando sua conservação. A presente abordagem engloba setores desde a pesca e aquicultura, até turismo costeiro, energia renovável, biotecnologia marinha e transporte marítimo. Para a Economia Azul, os principais setores supracitados são importantes para o desenvolvimento econômico e se interconectam, o que significa que ações em um setor podem ter impactos diretos ou indiretos sobre outros setores.

Um dos aspectos mais desafiadores da economia azul é encontrar o equilíbrio entre a exploração dos recursos marinhos e a conservação dos ecossistemas. A pesca excessiva, a poluição, a acidificação dos oceanos e as mudanças climáticas são algumas das ameaças que os oceanos enfrentam atualmente. Para abordar essas preocupações, a economia azul oferece uma série de benefícios significativos, criando oportunidades de emprego e crescimento econômico em comunidades costeiras, impulsiona a inovação tecnológica e a pesquisa científica, além de fornecer recursos alimentares vitais para muitas partes do mundo. Além disso, a exploração de energias renováveis ​​como a eólica offshore e a energia das marés pode reduzir a dependência de fontes de energia não renováveis, contribuindo para a transição para uma economia de baixo carbono.


Apesar dos benefícios, a transição para uma economia azul não é isenta de desafios. A coordenação internacional é essencial, uma vez que os oceanos são um recurso compartilhado globalmente. A regulamentação adequada, o combate à pesca ilegal e a proteção da biodiversidade marinha requerem esforços coordenados em escala global. Além disso, incluir as comunidades locais e povos indígenas nas discussões sobre o uso sustentável dos recursos marinhos, garantindo que suas vozes sejam ouvidas. Navegar rumo à sustentabilidade por meio da economia azul não é apenas uma escolha sábia, mas também uma obrigação para as gerações presentes e futuras.


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